Ao menos 40 países estão no caminho de reduzir 90% da mortalidade vinculada com a aids até 2030, incluindo nove países da África do leste e do sul, segundo um relatório da Unaids.
O texto não dá estatísticas por países, mas mostra que as mortes relacionadas com a aids diminuíram em todas as regiões desde 2010, exceto na Europa do leste e Ásia central.
As infecções também aumentaram nesta região no mesmo período e avançaram levemente na América Latina e Oriente da África.
Em 2016, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu alguns objetivos para 2020 com o objetivo de erradicar a aids antes de 2030.
Cinco anos mais tarde, dezenas de países com características epidemiológicas e econômicas diferentes alcançaram ou superaram alguns desses objetivos. Isso prova que "é possível controlar uma pandemia que parecia quase incontrolável há 20 anos", explica a Unaids, a agência especializada da ONU.
Em 2020, foram registradas cerca de 690.000 mortes relacionadas à aids, ou seja, uma redução de 55% de 2001 para 2020, diz o relatório, publicado às vésperas da quinta sessão de alto nível sobre a aids da Assembleia Geral, que será realizada de 8 a 10 de junho.
Segundo o documento, "os países com leis e políticas progressistas e sistemas sanitários fortes e inclusivos obtiveram os melhores resultados contra o HIV".
Nesses países, as pessoas que vivem com HIV têm mais chances de terem acesso a serviços eficazes de combate ao vírus, entre eles a detecção, o acesso a um tratamento médico preventivo e a cuidados de qualidade. Também podem receber um tratamento durante vários meses.
Segundo o relatório, a democratização da terapia antirretroviral permitiu evitar cerca de 16,2 milhões de mortes em uma década.
Entre as 37,6 milhões de pessoas que tinham HIV no mundo em 2020, a Unaids estima que 27,4 milhões estavam sob tratamento, um número que mais que triplicou desde 2010, mas que ainda está abaixo do objetivo de 2020 de 30 milhões.