"Como o Banco Central, decidimos reduzir os investimentos do FNS em dólares", disse Siluanov, citado por agências de notícias russas durante um fórum econômico em São Petersburgo.
O responsável indicou que este fundo soberano, que recebe os rendimentos da venda de petróleo no exterior, dispõe atualmente de 35% dos seus ativos em dólares e 35% em euros.
Os dólares serão substituídos "muito rapidamente em um mês" por euros, ouro (pela primeira vez) e yuans.
O objetivo é ter 40% euros, 30% yuans, 20% ouro, 5% libras e 5% ienes.
O Kremlin vem lutando há anos para desvincular a economia russa da moeda americana, chave no comércio mundial, mas que torna a Rússia mais vulnerável às sanções de Washington.
O vice-primeiro-ministro Andrei Belousov explicou que a decisão se deve "a ameaças de sanções" por parte dos líderes americanos e garantiu que isso não afetaria a taxa de câmbio.
O anúncio ocorre antes da primeira cúpula, em 16 de junho na Suíça, entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o russo, Vladimir Putin.
Segundo nota publicada nesta quinta-feira pelo banco ING, a decisão envolve a venda de cerca de 40 bilhões de dólares pelo FNS, cujos recursos representariam o equivalente a quase 186 bilhões de dólares.
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