Funcionários municipais chegaram antes do nascer do sol para remover as barreiras de concreto que bloqueavam o local, onde o homem de 46 anos foi asfixiado por um policial branco em maio do ano passado.
Eles instalaram placas para criar uma rotatória ao redor de um monumento de um punho gigante, erguido no centro desta que foi renomeada de "Praça George Floyd".
Por mais de um ano, ativistas em defesa da igualdade dos direitos ocuparam a praça, vinculando sua reabertura à adoção de reformas na polícia. Uma associação de moradores estava disponível no local para desarmar tensões quando os trabalhadores municipais chegaram.
O prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, disse que a reabertura completa levará alguns dias.
"Temos muita confiança na reconstrução e pretendemos fazê-lo", declarou em coletiva de imprensa.
O local se tornou um símbolo das fissuras provocadas pelo racismo e pela opressão das pessoas negras em todos os Estados Unidos, ilustrada em vários murais, um jardim comunitário e outras instalações.
Mas também se tornou um local de violência, onde a polícia não é bem-vinda.
Disparos são frequentes, especialmente à noite, e resultaram em uma dúzia de mortes ou ferimentos no local em um ano, segundo as forças da lei.
A polícia não se envolveu na operação de reabertura da interseção, disse um porta-voz à AFP.
E a administração da cidade está "tomando muito cuidado para preservar os trabalhos artísticos e artefatos" no local, acrescentou uma representante do conselho municipal, Sarah McKenzie.
As autoridades aguardavam há muito tempo para reabrir a interseção, mas esperavam a conclusão do julgamento de Derek Chauvin, condenado em abril pelo homicídio de Floyd.
Para ajudar a comunidade a se restabelecer, a família Floyd planeja investir na economia e em grupos culturais locais US$ 500.000 dos US$ 27 milhões obtidos em um acordo contra a cidade pela morte de George Floyd.