Jornal Estado de Minas

COATZACOALCOS

Candidato a prefeito é assassinado no leste do México

Um candidato a prefeito no estado de Veracruz, no leste do México, foi morto a tiros na sexta-feira à noite, a dois dias das eleições, informou seu partido político.



"Condenamos veementemente o assassinato covarde de René Tovar, candidato a prefeito de Cazones de Herrera, Veracruz", escreveu Clemente Castañeda, coordenador nacional do partido Movimiento Ciudadano, no Twitter.

"Exigimos que o governo do México e o Ministério do Interior façam sua parte: garantam a vida e a segurança dos mexicanos nessas eleições", acrescentou.

Uma fonte do governo local disse à AFP que Tovar estava em casa quando "foi atacado por indivíduos desconhecidos que atiraram nele várias vezes".

A fonte acrescentou que o candidato morreu no caminho para o hospital.

Na sexta-feira, o governo de Veracruz anunciou que mobilizará cerca de 5.200 membros de diferentes forças de segurança para as eleições de domingo.

Amanhã, o México realizará as maiores eleições de sua história, nas quais serão eleitos mais de 20.000 cargos, entre eles 15 governos estaduais, e as 500 cadeiras da Câmara dos Deputados são renovadas.

Com a aproximação da eleição, os ataques contra candidatos se multiplicaram.



Segundo a consultora privada Etellekt, durante o processo eleitoral 89 políticos morreram, dos quais 35 eram candidatos a cargos desta eleição.

Na quarta-feira, Marilú Martínez, candidata à prefeitura de Cutzamala de Pinzón, no estado de Guerrero, no sul do país, foi sequestrada. Seu partido informou posteriormente que ela foi encontrada viva.

Em 25 de maio, Alma Barragán, que se candidatou à prefeitura de Moroleón pelo Movimento Cidadão, no estado central de Guanjuato, foi assassinada a tiros durante um ato de campanha em que participava com moradores dessa cidade.

Na sexta-feira passada Cipriano Villanueva, de 65 anos, também foi morto a tiros. Ele era candidato a vereador do município de Acapetahua pelo partido Chiapas Unido.

Desde dezembro de 2006, quando o governo lançou uma polêmica operação antidrogas, o México registra mais de 300.000 assassinatos, segundo dados oficiais que atribuem a maioria desses crimes ao crime organizado.

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