Um processo por difamação começou nesta segunda-feira (7/6) na Austrália, depois que um dos soldados mais condecorados do país apresentou uma demanda contra três jornais que o acusaram de crimes de guerra no Afeganistão.
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Longas filas de caminhões tentam bloquear a passagem de elefantes na ChinaModerna pede autorização de vacinas para adolescentes na Europa e Canadá"Mona Lisa Hekking" será leiloada pela Christie'sOs advogados dos jornais e dos jornalistas processados defendem a veracidade das informações, de acordo com os documentos judiciais.
O exército e a polícia da Austrália investigam eventuais crimes de guerra cometidos por suas tropas de de elite no Afeganistão.
Entre as testemunhas citadas pela defesa estão pelo menos quatro afegãos que prestarão depoimentos por videoconferência em Cabul.
Por seus serviços no Afeganistão, Roberts-Smith recebeu as principais condecorações do exército australiano.
Atualmente, ele é um dos diretores da emissora Channel Seven no estado de Queensland.
O julgamento na Corte Federal durará entre oito e 10 semanas e ouvirá quase 60 testemunhas, informou uma fonte do tribunal.
Quando abordar questões de segurança nacional, as audiências acontecerão a portas fechadas.
A Austrália enviou 39.000 militares desde 2001 ao Afeganistão como parte da intervenção dos Estados Unidos e da Otan para derrubar os talibãs.
Canberra deve retirar até setembro o pequeno contingente que permanece no país asiático, de acordo com o processo de saída previsto pelas forças internacionais.
Em 2020, após uma investigação interna, o exército australiano reconheceu a existência de provas confiáveis de que suas forças especiais "mataram ilegalmente" pelo menos 39 civis e prisioneiros afegãos.