Vacinada, Gillian Ford pôde deixar Dublin e sua chuva para trás para aproveitar o sol na Espanha, país que antes da pandemia era o segundo maior destino turístico do mundo e que, nesta segunda-feira (7/6), abriu suas portas a todos os turistas imunizados.
"É o nosso lugar favorito para as férias. Não vínhamos desde fevereiro de 2020", disse a septuagenária recém-chegada ao aeroporto de Málaga com seu marido Edward.
"Gostamos da Espanha, do sol, da comida. Lá (na Irlanda) estávamos em casa com mau tempo, sempre com chuva, não podíamos ir a pubs ou restaurantes. Mas só se vive uma vez!", acrescenta antes de partir para as praias de Marbella.
Com a esperança de relançar um setor fundamental para sua economia, e devastado pela pandemia, a Espanha reabriu suas fronteiras nesta segunda a todas as pessoas vacinadas há pelo menos 14 dias, de qualquer país de origem.
Numa outra decisão para dinamizar o turismo, os europeus não vacinados, que já poderiam entrar no país, mas apresentando um teste PCR negativo feito 72 horas antes, poderão agora entrar com um teste de antígeno, muito mais barato.
Esta flexibilização das restrições tem um porém: a Espanha continua a ser considerada arriscada pelo Reino Unido, o que implica que este último impõe uma quarentena aos seus cidadãos no regresso, o que desencoraja a viagem às praias espanholas.
Vida normal "pouco a pouco"
Para os profissionais do setor, esta segunda-feira deve marcar, de qualquer forma, o retorno dos turistas estrangeiros, depois que as chegadas despencaram 77% em 2020, um ano após ter recebido 83,5 milhões de visitantes.
"Conversamos com operadoras de turismo do Reino Unido, França e Alemanha, que são os três primeiros mercados (para a Espanha), e há uma grande demanda por informações" sobre a situação espanhola, disse à AFP José Luis Prieto, presidente do Sindicato das Agências de Viagens (Unav).
Esta manhã, quase 20 voos da Alemanha, Irlanda ou Bélgica aterraram em Málaga, o aeroporto mais importante da Andaluzia.
Rhodri Evans, um professor galês de 28 anos que mora em Berlim, veio se juntar à namorada em Granada, outra cidade andaluza.
"Sinto-me um pouco privilegiado", disse mostrando o certificado de vacinação. "Aos poucos, a vida volta ao normal. É um momento de descanso".
O mesmo alívio para Rose Huo, uma belga de 73 anos vacinada e que veio de Leuven para passar as férias com sua irmã.
"Não saio há um ano e moro sozinha. Na Bélgica o tempo é sempre ruim, chove todos os dias, mas aqui faz sol todos os dias".
"Alicerce" britânico
Considerado pela ministra da Saúde, Carolina Darias, como "um alicerce" para a Espanha, o Reino Unido decidiu na semana passada manter a Espanha em sua lista de países de risco, obrigando seus cidadãos a pagar por testes de PCR e observar uma quarentena de pelo menos cinco dias.
Desde 24 de maio, a Espanha retirou a exigência aos britânicos, primeiro contingente de visitantes estrangeiros em tempos normais (18 milhões em 2019), a apresentar PCR negativo para entrar no país. Um requisito que as pessoas que vêm da China ou do Japão também não precisam respeitar.
"Não entendemos por que" o Reino Unido não introduziu regiões turísticas como as Ilhas Baleares ou Canárias, onde a taxa de incidência do vírus é baixa, em sua lista verde de áreas seguras, comentou o ministro do Turismo, Reyes Maroto, na sexta-feira.
O governo britânico não revisará sua decisão por três semanas, o que significará que junho pode ser um mês perdido para o turismo britânico, lançando dúvidas sobre a meta do Executivo espanhol de receber 45 milhões de turistas este ano.
Entre janeiro e abril, a Espanha registrou apenas 1,8 milhão de turistas estrangeiros, segundo dados oficiais.
Neste contexto de incerteza, o operador turístico TUI, número um do mundo, cancelou todos os seus voos para a Espanha até 13 de junho.
Muito dependente do turismo, a Espanha foi em 2020 uma das economias ocidentais mais afetadas pela pandemia, com uma queda de 10,8% em seu PIB.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Especialistas dizem que os passaportes de vacinção impõem desafios éticos e científicos.
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"É o nosso lugar favorito para as férias. Não vínhamos desde fevereiro de 2020", disse a septuagenária recém-chegada ao aeroporto de Málaga com seu marido Edward.
"Gostamos da Espanha, do sol, da comida. Lá (na Irlanda) estávamos em casa com mau tempo, sempre com chuva, não podíamos ir a pubs ou restaurantes. Mas só se vive uma vez!", acrescenta antes de partir para as praias de Marbella.
Com a esperança de relançar um setor fundamental para sua economia, e devastado pela pandemia, a Espanha reabriu suas fronteiras nesta segunda a todas as pessoas vacinadas há pelo menos 14 dias, de qualquer país de origem.
Numa outra decisão para dinamizar o turismo, os europeus não vacinados, que já poderiam entrar no país, mas apresentando um teste PCR negativo feito 72 horas antes, poderão agora entrar com um teste de antígeno, muito mais barato.
Esta flexibilização das restrições tem um porém: a Espanha continua a ser considerada arriscada pelo Reino Unido, o que implica que este último impõe uma quarentena aos seus cidadãos no regresso, o que desencoraja a viagem às praias espanholas.
Vida normal "pouco a pouco"
Para os profissionais do setor, esta segunda-feira deve marcar, de qualquer forma, o retorno dos turistas estrangeiros, depois que as chegadas despencaram 77% em 2020, um ano após ter recebido 83,5 milhões de visitantes.
"Conversamos com operadoras de turismo do Reino Unido, França e Alemanha, que são os três primeiros mercados (para a Espanha), e há uma grande demanda por informações" sobre a situação espanhola, disse à AFP José Luis Prieto, presidente do Sindicato das Agências de Viagens (Unav).
Esta manhã, quase 20 voos da Alemanha, Irlanda ou Bélgica aterraram em Málaga, o aeroporto mais importante da Andaluzia.
Rhodri Evans, um professor galês de 28 anos que mora em Berlim, veio se juntar à namorada em Granada, outra cidade andaluza.
"Sinto-me um pouco privilegiado", disse mostrando o certificado de vacinação. "Aos poucos, a vida volta ao normal. É um momento de descanso".
O mesmo alívio para Rose Huo, uma belga de 73 anos vacinada e que veio de Leuven para passar as férias com sua irmã.
"Não saio há um ano e moro sozinha. Na Bélgica o tempo é sempre ruim, chove todos os dias, mas aqui faz sol todos os dias".
"Alicerce" britânico
Considerado pela ministra da Saúde, Carolina Darias, como "um alicerce" para a Espanha, o Reino Unido decidiu na semana passada manter a Espanha em sua lista de países de risco, obrigando seus cidadãos a pagar por testes de PCR e observar uma quarentena de pelo menos cinco dias.
Desde 24 de maio, a Espanha retirou a exigência aos britânicos, primeiro contingente de visitantes estrangeiros em tempos normais (18 milhões em 2019), a apresentar PCR negativo para entrar no país. Um requisito que as pessoas que vêm da China ou do Japão também não precisam respeitar.
"Não entendemos por que" o Reino Unido não introduziu regiões turísticas como as Ilhas Baleares ou Canárias, onde a taxa de incidência do vírus é baixa, em sua lista verde de áreas seguras, comentou o ministro do Turismo, Reyes Maroto, na sexta-feira.
O governo britânico não revisará sua decisão por três semanas, o que significará que junho pode ser um mês perdido para o turismo britânico, lançando dúvidas sobre a meta do Executivo espanhol de receber 45 milhões de turistas este ano.
Entre janeiro e abril, a Espanha registrou apenas 1,8 milhão de turistas estrangeiros, segundo dados oficiais.
Neste contexto de incerteza, o operador turístico TUI, número um do mundo, cancelou todos os seus voos para a Espanha até 13 de junho.
Muito dependente do turismo, a Espanha foi em 2020 uma das economias ocidentais mais afetadas pela pandemia, com uma queda de 10,8% em seu PIB.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra a COVID-19 estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países.
O sistema de controle tem como objetivo garantir o trânsito de pessoas imunizadas e fomentar o turismo e a economia.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.[VIDEO3]