A tribo Fallata e a árabe Taisha entraram em confronto em Um Dafuq, perto da fronteira com a República Centro-Africana, disseram testemunhas à AFP.
Esta manha, a situação havia "se estabilizado", segundo a agência Suna.
No momento não está claro por que os confrontos ocorreram, embora, em geral, os confrontos na região se devam a disputas pelo acesso à água e à terra.
"O Exército foi implantado nas áreas de combate para resolver o conflito entre as tribos Fallata e Taisha, que causou 36 mortes e 32 feridos em ambos os lados", disse Suna, citando autoridades do estado de Darfur do Sul.
Isa Omar, morador de Um Dafuq, disse à AFP por telefone que "ouviu os sons de artilharia pesada durante os combates".
Em abril, 132 pessoas perderam a vida em confrontos entre tribos árabes e a tribo Massalit em Darfur Ocidental.
Em janeiro, duas semanas após o término da missão conjunta de manutenção da paz da União Africana (Minuad), confrontos semelhantes mataram mais de 250 pessoas, principalmente em Darfur Ocidental.
Os moradores protestaram contra a retirada da Minuad, devido à violência persistente, que representa um dos principais desafios enfrentados pelo governo sudanês de transição, estabelecido após a remoção de Omar al Bashir em abril de 2019.
Em outubro, Cartum assinou um acordo de paz histórico com vários grupos rebeldes, principalmente de Darfur, e continua suas negociações de paz com alguns grupos insurgentes que não participaram do pacto.
No entanto, este último não parece estar relacionado aos incidentes da semana passada.
O conflito em Darfur estourou em 2003, entre o regime de Omar al Bashir e membros de minorias étnicas que se consideravam marginalizadas.
A violência deixou quase 300.000 mortos e mais de 2,5 milhões de deslocados, especialmente durante os primeiros anos do conflito, de acordo com a ONU.
CARTUM