Um animal microscópico chamado rotífero bdeloide voltou à vida após permanecer congelado por 24 mil anos no permafrost da Sibéria e, posteriormente, conseguiu se reproduzir assexuadamente, informou uma equipe de cientistas russos nesta segunda-feira (7).
Stas Malavin, coautor de um artigo na revista Current Biology sobre a descoberta, disse à AFP que ela levanta questões intrigantes sobre quais mecanismos o animal multicelular usou para suportar seu longo descanso.
"Nosso relatório é a prova mais concreta até o momento de que animais multicelulares podem suportar dezenas de milhares de anos em criptobiose, o estado de metabolismo quase completamente interrompido", disse Malavin, do Instituto de Problemas Físico-Químicos e Biológicos em Ciências do Solo, localizado em Pushchino, Rússia.
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Jeff Bezos: os planos do homem mais rico do mundo para voo espacial turísticoComo balão dirigido por inteligência artificial surpreendeu criadoresEles já haviam identificado micróbios unicelulares capazes de feitos semelhantes.
Em termos de organismos multicelulares, houve um relato de um verme nematoide de 30.000 anos que voltou à vida, e musgos e algumas plantas também se regeneraram após milhares de anos no gelo.
Os rotíferos agora podem ser adicionados à lista de organismos que aparentemente podem sobreviver indefinidamente, disse Malavin.
Uma vez descongelado, o animal foi capaz de se reproduzir assexuadamente por meio de um processo denominado partenogênese.
Os rotíferos têm cerca de meio milímetro de comprimento e geralmente vivem em ambientes de água doce.
Seu nome é derivado do latim para "portador de roda", que se refere à coroa em torno de sua boca, que se parece com uma roda giratória. Eles a usam para se mover e se alimentar.
"Podemos usar este organismo como modelo para estudar a sobrevivência por congelamento e a sobrevivência por secagem neste grupo, e comparar este grupo com outros animais resistentes, como tardígrados, nematoides, etc.", acrescentou Malavin.