A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, nesta segunda-feira (7), aos fabricantes de vacinas contra a COVID-19 que disponibilizem metade de sua produção de doses este ano para o dispositivo internacional Covax.
Enquanto os países mais ricos acumulam vacinas rapidamente, o Covax, que fornece doses aos países pobres, quer garantir uma distribuição justa entre aqueles que podem pagar e aqueles que não podem, mas ainda não funciona a todo vapor.
E isso quando a Índia, de onde o Covax recebe doses, bloqueou as exportações da vacina fabricada pelo Instituto Serum para combater a epidemia em seu território.
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Doria é flagrado tomando sol sem máscara no Rio e vira alvo de críticas Quantidade de vacinados contra covid com a 1ª dose chega a 48,9 milhões no BrasilWellington Dias se reúne para acertar primeiro lote da Sputnik VAté 4 de junho, o Covax havia fornecido mais de 80 milhões de doses para 129 países e territórios. Menos do que o esperado.
Diante dessa situação, a OMS pediu mais uma vez aos países ricos, que já vacinaram parte de sua população, que compartilhem as vacinas. Mas a organização também pediu às empresas farmacêuticas que mostrassem solidariedade.
"Peço a todos os fabricantes que deem ao Covax o direito à primeira rejeição (ou seja, propor as doses como prioridade) sobre novos volumes de vacinas ou se comprometer a disponibilizar 50% de seus volumes para o Covax este ano, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.
"A vacinação desigual é uma ameaça para todas as nações, não apenas para aquelas com menos vacinas", afirmou.
O Covax foi criado pela Vaccine Alliance (Gavi), a OMS e a Coalizão para inovações de preparação para epidemias (Cepi).