O país, que desistiu do imunizante AstraZeneca ligado à trombose atípica, suspendeu o uso do medicamento Johnson & Johnson, também por causa de efeitos colaterais semelhantes.
Em 12 de maio, o governo anunciou que considerava propor essa vacina - que requer apenas uma dose - a voluntários, fora do programa oficial de imunização.
Nesta quarta-feira, especificou as condições rígidas de acesso ao medicamento, a partir de 15 de junho.
Isso só será possível para certas categorias da população, como pessoas que precisam viajar para países duramente atingidos pela pandemia ou pessoas que têm um parente próximo gravemente doente com câncer.
"O paciente tem o direito de influenciar a decisão, mas não poderá exigir receber a vacina. Os médicos terão a última palavra", disse o ministro da Saúde, Bent Høie, em entrevista coletiva.
O governo norueguês, embora siga as principais recomendações emitidas em maio por um painel de especialistas, contraria o conselho de vários organismos nacionais especializados, como a Direção de Saúde, o Instituto de Saúde Pública e o Colégio de Médicos.
Eles consideram que a epidemia está suficientemente controlada e que a vacinação com imunizantes de RNA mensageiro (Pfizer e Moderna) está progredindo bem, não sendo necessário o uso de medicamentos com efeitos colaterais graves.
"Para a maioria, o risco de efeitos colaterais com a vacina Janssen será maior do que seus benefícios na situação atual na Noruega", disse o Diretor de Saúde Bjørn Guldvog na mesma entrevista coletiva.
ASTRAZENECA
PFIZER
JOHNSON & JOHNSON