A Citroën foi incluída hoje "pelos magistrados de instrução por acusações de fraude sobre a venda de veículos a diesel Euro 5 que ocorreu na França entre 2009 e 2015", disse Stellantis em seu comunicado.
A marca francesa deve depositar uma "fiança" de 8 milhões de euros (9,7 milhões de dólares), 6 deles para o eventual pagamento de danos e multas, e fornecer uma garantia bancária de 25 milhões de euros (30,4 milhões de dólares) "para indenizar os eventuais prejuízos", detalhou a empresa.
Uma fonte judicial confirmou à AFP esses termos.
Como a Peugeot, da mesma matriz, a Citroën "está avaliando a regularidade desta medida e a oportunidade de recorrer", disse Stellantis. A marca Fiat-Chrysler, também do grupo, deve ser citada em julho.
Um relatório da DGCCRF (Direção Geral de Concorrência, Consumo e Repressão de Fraude) transmitido à Justiça em fevereiro de 2017 mencionou uma "estratégia global destinada a fabricar motores fraudulentos, e depois comercializá-los".
Segundo os investigadores, o grupo PSA (Peugeot-Citroën) vendeu 1,9 milhão de veículos da geração Euro 5 (vigente até 2015) com motores fraudulentos, o que pode gerar uma sentença de até 5 bilhões de euros (6 bilhões de dólares).
Uma quantia muito alta, mas quatro vezes menor que a multa máxima de 19,7 bilhões de euros que o grupo Volkswagen pode receber, o primeiro grupo envolvido neste escândalo que desencadeou denúncias em muitos países.
Em um comunicado emitido na quarta-feira após a citação da Peugeot, Stellantis afirmou que "seus sistemas de controle de emissões respondiam a todas as exigências aplicáveis na época".
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