A cerca de 20 metros da residência oficial, sob fortes medidas de segurança, Ofir Robinsky, um pai com experiência em manifestações contra o político apelidado de "Bibi", não esconde sua felicidade.
"Para nós, é uma grande noite e amanhã será um dia ainda maior. Quase chorei. Lutamos pacificamente por isto e este dia está chegando", disse ele, segurando a bandeira azul e branca de Israel.
"Netanyahu só procurou nos dividir, uma parte da sociedade contra a outra, mas amanhã estaremos unidos, direita, esquerda, judeus, árabes", acrescentou Robinsky, para quem o futuro primeiro-ministro, a não ser que haja mudanças de última hora, Naftali Bennett, "fez a escolha certa" ao se juntar à coalizão pela mudança.
Há quase um ano, israelenses se manifestam em frente à residência oficial do primeiro-ministro, no centro de Jerusalém, para exigir a saída de Netanyahu, julgado por corrupção, fraude e abuso de poder em uma série de casos.
O protesto deste sábado pode ser o última, já que o Parlamento deve se reunir no domingo para um voto de confiança que deve validar o projeto de coalizão de "mudança" que reúne partidos de esquerda, centro, direita e uma formação árabe.
Sob os termos do acordo da coalizão, Bennett sucederá Netanyahu por dois anos, até ser substituído pelo centrista Yair Lapid.
"É nosso último sábado na praça Balfour. Vencemos. Amanhã, o Knesset (Parlamento) fará sua votação e o primeiro-ministro irá embora. Não estou angustiado! Ok, acabou! Ele está indo embora!", comemorou Gali Israel Tal, uma manifestante de 62 anos.
JERUSALÉM