Michael e Peter Taylor admitiram as acusações contra ambos apresentadas pelo promotor no início do julgamento.
O ex-militar Michael Taylor e seu filho Peter foram extraditados dos Estados Unidos ao Japão para enfrentar o processo por ajudar o empresário a fugir do país asiático em dezembro de 2019.
Os dois podem ser condenados a até três anos de prisão em caso de condenação por planejar a fuga de Ghosn, de nacionalidade libanesa, brasileira e francesa, que havia sido detido em 2018 em Tóquio por acusações de irregularidades financeiras.
Ghosn estava em liberdade sob fiança e aguardava um julgamento por irregularidades financeiras, que ele nega, quando conseguiu escapar das autoridades japonesas e embarcar em um avião privado com destino ao Líbano, que não tem tratado de extradição com o Japão.
Os Taylor são acusados, ao lado de um libanês foragido, de orquestrar a fuga em dezembro de 2019, quando Ghosn se escondeu em uma caixa de equipamento de som para entrar no avião.
Michael, 60 anos, e Peter, 28, tentaram evitar a extradição para o Japão alegando que poderiam enfrentar condições similares à tortura.
Hiroshi Yamamoto, subdiretor do Ministério Público de Tóquio, se negou a comentar sobre o caso, mas a imprensa local informou que os dois homens admitiram as ilegalidades em interrogatórios.
O canal público NHK informou que Peter recebeu 1,3 milhão de dólares de Ghosn para ajudar na fuga.
De acordo com jornal Asahi Shimbun, os dois afirmaram que gastaram a maior parte do dinheiro recebido nos preparativos da fuga, incluindo os custos do avião fretado, e que não receberam um pagamento por sua ajuda.
Ghosn permanece no Líbano, onde na semana passada foi interrogado por investigadores franceses por uma série de acusações de irregularidades financeiras.
NISSAN MOTOR
TÓQUIO