Em março passado, a localidade foi palco de ataques "jihadistas".
A população de Palma e de seus arredores vive em uma constante tensão desde que, em março passado, os "jihadistas" do grupo Estado Islâmico (EI) cometeram vários ataques surpresa, matando dezenas de pessoas. Dezenas de milhares fugiram de suas casas.
Nesta sexta, a ONG Save the Children disse estar "chocada" com as notícias de que dois adolescentes de 15 anos foram decapitados no domingo em Palma.
Os adolescentes estavam com um grupo de 15 adultos que haviam deixado a localidade de Quitunda - onde vários habitantes de Palma buscaram abrigo - em busca de comida, conforme o veículo local "Carta de Moçambique".
Ainda segundo a mesma fonte, outros dois adultos foram mortos.
"Estamos chocados com estes crimes sem sentido", declarou o diretor da ONG Save the Children Mozambique, Chance Briggs, em um comunicado.
Uma fonte da capital provincial, Pemba, afirmou que familiares seus que vivem Quitunda ouviram dizer que "insurgentes" decapitaram várias pessoas no sábado.
Desde o fim de março, cerca de 57.000 pessoas fugiram da região de Palma, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Em mais de três anos, mais de 2.800 pessoas morreram, vítimas da violência, e 700.000 civis fugiram.
O governo garante que controlou Palma rapidamente, mas a imprensa não teve acesso à área, salvo por algumas visitas relâmpago monitoradas pelo Exército no final de março.
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