O acidente ocorreu na madrugada no quilômetro 35 da rodovia entre Nazca e Puqquio, na serra da região de Ayacucho, 450 km a sudeste de Lima. Trata-se do segundo acidente em uma rodovia andina com muitos óbitos nos últimos dez dias no país.
"Lamentamos o falecimento de 27 dos nossos colegas após a queda em um barranco do ônibus que os transportava", que saiu da mina Pallancata, perto de Nazca, com destino a Arequipa, informou a Companhia de Mineração Ares, em um comunicado.
A empresa informou que o ônibus tinha saído da mina com 43 trabalhadores com destino a Arequipa, um trajeto de 500 km que leva mais de dez horas devido a vias sinuosas de serra andina.
O ônibus caiu em um abismo de 400 metros e os corpos das vítimas ficaram espalhados em uma face da montanha desta região desértica, segundo a imprensa local.
Policiais e bombeiros foram ao local do acidente e as pessoas feridas "foram levadas ao Hospital de Nazca para receber atendimento de emergência", disse a agência estatal andina.
No hospital permanecem 16 feridos, segundo a rádio RPP.
A Mineradora Ares pertence ao grupo Hochschild, fundado em 1911 no Chile, que nas décadas seguintes se expandiu para outros países latino-americanos e desde 2006 é cotada na bolsa de Londres.
Os acidentes em rodovias peruanas são frequentes, devido ao excesso de velocidade, ao mal estado de conservação da via, à falta de sinalização e pouco controle das autoridades.
Na terça-feira da semana passada, 17 pessoas morreram quando um ônibus caiu em um abismo de uma rodovia andina na região de La Libertad, 500 km ao norte de Lima.
Segundo o Ministério dos Transportes, entre janeiro e novembro de 2020 foram registrados 3.526 acidentes de trânsito nas rodovias peruanas.