A medida foi aprovada pelos ministros das Relações Exteriores dos 27 países europeus reunidos em Luxemburgo. A decisão de adotá-la se deu depois que Minsk desviou um avião da Ryanair e prendeu um jornalista crítico ao governo que viajava a bordo.
"Contamos com sanções individuais. Agora temos sanções em sete setores econômicos, das armas ao cigarro, passando pelos fertilizantes, ou seja, o potássio", declarou o chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn, ao chegar à reunião.
Seu homólogo alemão, Heiko Maas, disse, por sua vez, que essas medidas "afetarão maciçamente Belarus e a receita do Estado, da qual Lukashenko e seu regime dependem".
Os ministros, que se reuniram com a opositora bielo-russa no exílio Svetlana Tijanovskaya, também estabeleceram sanções para 78 pessoas e outras oito entidades pela repressão da oposição. Com isso, ficam proibidos de viajar para o bloco, onde terão seus ativos congelados.
Sete pessoas e uma entidade estão diretamente envolvidas no desvio de um voo da Ryanair em 23 de maio para Minsk. Além do jornalista bielo-russo Roman Protasevich, também foi detida sua namorada russa Sofia Sapega.
Com isso, a UE deixará de importar alguns tipos de potássio, assim como produtos petrolíferos produzidos em Belarus, ou que sejam procedentes desta ex-república soviética, como o diesel, entre outros, disseram diferentes fontes à AFP.
As medidas também proibirão a concessão de empréstimos ao Estado, ao Banco Central, ou a bancos de entidades que tenham o governo como principal acionista. A venda de determinados produtos financeiros também está suspensa.
Além disso, a UE reforçará seu embargo às armas para incluir as usadas na caça e na prática esportiva e proibirá a venda de bens de duplo uso e de equipamento de vigilância.
"As sanções não são uma solução milagrosa, mas podem ajudar a pôr fim à violência e a libertar as pessoas", comentou Tijanovskaya em sua conta no Twitter.
A UE já havia sancionado 88 membros do governo no passado, incluindo o presidente e seu filho.