Jornal Estado de Minas

BERLIM

Alemanha investiga nonagenário, ex-guardião de campo de presos soviéticos

A Justiça alemã investiga por cumplicidade em assassinatos um nonagenário que foi guardião de um campo de prisioneiros soviético entre 1943 e 1945 - anunciou o Ministério Público de Celle nesta segunda-feira (21).



"Posso confirmar que um procedimento está em curso" contra um homem de 95 anos, residente na Baviera, disse o porta-voz do MP, Bernd Kolkmeier, à AFP.

O suspeito teria trabalhado no campo de prisioneiros de guerra VI C Bathorn, atualmente na região da Baixa Saxônia, entre 26 de outubro de 1943 e a libertação deste "stalag", em 5 de abril de 1945, segundo o jornal alemão "Taz", que revelou o caso.

Um grande número de soldados do Exército Vermelho morreu neste campo, segundo a Justiça alemã, que se apoia no trabalho do Escritório Central para a Investigação de Crimes de Nacional-Socialismo. Trata-se da única instituição judicial competente para realizar investigações preliminares.

Segundo a imprensa alemã, várias instruções relativas a crimes nazistas estão em andamento e envolvem subordinados do regime, como guardas de campos de concentração.

Alguns desses procedimentos não chegam a ir julgamento, devido à idade avançada dos suspeitos.

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