A decisão este mês do juiz federal Roger T. Benitez, que comparou os fuzis de assalto AR-15 com os canivetes suíços - "boas tanto em casa como na batalha" -, provocou uma apelação imediata do estado da Califórnia.
Benitez já esteve de acordo com uma moratória de 30 dias de sua decisão, que foi estendida na segunda-feira por um painel de três juízes do tribunal de apelações do Nono Circuito.
"A moratória permanecerá em vigor até nova ordem deste tribunal", escreveram os juízes, destacando que outro caso que desafia a proibição de fuzis estava pendente.
A decisão de Benitez em 4 de junho descreveu a proibição na Califórnia como inconstitucional e defendeu o direito dos americanos de portarem fuzis semiautomáticos.
"Armas e munições nas mãos de criminosos, tiranos e terroristas são perigosas; armas nas mãos de cidadãos respeitosos da lei e responsáveis são melhores", afirmou.
A Califórnia, um dos poucos estados do país que proíbem os fuzis de assalto, aprovou a proibição após um tiroteio em massa em 1989, no qual se usou um fuzil AK-47.
"Isso deixa nossas leis de fuzis de assalto em vigor enquanto os procedimentos de apelação continuam", tuitou o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, que apelou da decisão.
"Não deixaremos de defender essas leis que salvam vidas", acrescentou.
A batalha judicial ocorre enquanto a violência com armas aumenta nos Estados Unidos. Em maio, nove pessoas morreram baleadas por um funcionário do sistema de transporte público da Califórnia.
Outros tiroteios ocorreram na Flórida, Indiana, Califórnia, Colorado e Georgia, em um aumento da violência que o presidente Joe Biden classifica como "epidêmico".
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