"Que tremam, que tremam os machistas!", repetiam, em coro, os participantes da Marcha do Orgulho, que partiu do emblemático Anjo da Independência e terminou no Zócalo, a principal praça do país.
O governo da Cidade do México reportou, em um comunicado, que "participaram 30.000 pessoas" e assegurou que a manifestação ocorreu em um clima de "ordem, liberdade e respeito".
A 43ª edição da marcha, que no ano passado não foi celebrada por causa da pandemia de covid-19, teve uma modalidade híbrida, pois com as hashtags #ProudToBe #LoveIsLove #Pride2021 #Orgullo2021 também foi celebrada nas redes sociais.
"Estamos aqui para exigir que se eliminem já todas as expressões de homofobia e que o governo garanta medicamentos para os doentes com o HIV", disse à AFP Marven, uma indígena ativista e transexual.
Marven, conhecida como "Lady Tacos de Canasta", uma conhecida vendedora de rua da tradicional iguaria mexicana, que apareceu em um documentário da Netflix, disputou sem sucesso uma vaga no Congresso na Cidade do México pelo partido Elige nas legislativas de 6 de junho passado.
Usando vestido estampado com flores grandes e longos cílios postiços, Marven denunciou que "todos os dias no México a comunidade LGBTI+ sofre agressões, muitas delas mortais, e isso deve parar".
"Pelas vozes que se calaram" e "Chega de crimes" foram algumas frases exibidas nos cartazes da manifestação.
"É preciso aprender a ser felizes e não discriminar porque todas as pessoas são diferentes (...) Não necessariamente você tem que gostar de como alguém é ou como somos nós para ter respeito", disse Nicky Gore, uma 'drag queen' de 33 anos.
Em 2020, pelo menos 79 pessoas da comunidade LGBTI+ foram assassinadas, o que significa uma média de 6,5 vítimas por mês, segundo a organização não governamental Letra S.
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