O máximo tribunal americano rejeitou ouvir a apelação apresentada pelas autoridades escolares do estado de Virgínia, que se opõem a permitir que adolescentes transgêneros usem o banheiro de acordo com sua identidade.
Como de costume, a Corte não forneceu os motivos de sua decisão, mas dois dos nove magistrados, ambos conservadores, disseram que aceitaram o caso.
A decisão, então, reafirma a de um tribunal federal de apelações, que no ano passado deu a razão para Gavin Grimm.
O tribunal determinou que a escola violou as leis contra a discriminação ao não permitir que o aluno entrasse no banheiro masculino.
"Me alegra o fim da minha luta de anos para que minha escola me visse por quem eu sou", disse o jovem de 22 anos, que começou a batalha judicial quando tinha 15.
"A juventude trans merece usar o banheiro em paz, sem ser humilhada e estigmatizada pelas autoridades de sua própria escola e funcionários eleitos", acrescentou em um comunicado.
Os direitos dos transgêneros são um campo de batalha política entre progressistas e conservadores nos Estados Unidos, e as chamadas "guerras dos banheiros" foram uma das frentes de maior destaque nos últimos anos.
O governo do ex-presidente Barack Obama pediu às escolas públicas que deixassem os estudantes usarem os banheiros e vestuários de acordo com o gênero com o qual se identificam.
Seu sucessor, o republicano Donald Trump, eliminou essas normas em fevereiro de 2017.
Em sua luta para preservar as normas tradicionais sobre gênero, mais recentemente, os ativistas conservadores voltaram sua ofensiva para o acesso aos estádios para atletas transgênero e a atenção sanitária para menores transgênero.
WASHINGTON