O número de solicitações apresentadas por venezuelanos e colombianos no ano passado foi superado apenas por sírios e afegãos, embora também tenha sofrido um forte retrocesso: de 32%, para cidadãos da Venezuela, e 9%, para a Colômbia.
"Sabemos que, em nível mundial, ainda há um número recorde de pessoas que precisam de proteção internacional, mas elas simplesmente não conseguiram chegar à Europa", disse a Diretora da EASO, Nina Gregori, ao apresentar o relatório.
Os números do relatório confirmaram os dados iniciais da EASO divulgados em fevereiro, indicando o nível mais baixo de pedidos de refúgio na UE e nos países associados desde 2013.
No ano passado, foram recebidas 485 mil solicitações, 32% menos do que as 716 mil feitas em 2019. Destes, 42% receberam alguma forma de proteção internacional que permitia ao solicitante permanecer em território da UE.
Metade dos casos aprovados recebeu o status de refugiado, enquanto o restante teve concedida proteção humanitária, ou subsidiária.
Alemanha, França e Espanha foram os países que mais receberam pedidos de asilo.
De acordo com um especialista da EASO, a "ampla maioria" dos pedidos de venezuelanos e colombianos foi registrada na Espanha.
Embora a pandemia de coronavírus tenha limitado a capacidade dos candidatos a refúgio de chegarem à Europa, também deixou o sistema comum de recepção da UE "quase paralisado", disse o relatório.
No momento, a Comissão Europeia trabalha para lançar um novo pacto sobre migração e, nesta terça-feira, chegou a um acordo provisório com o Parlamento Europeu sobre um projeto de lei para transformar a EASO em uma Agência da UE para Refúgio.
Esta agência teria 500 especialistas no tema prontos para serem enviados para os Estados-Membros para reforçar o processamento dos pedidos.
BRUXELAS