"É uma notícia extraordinária, um fato inédito mundial muito importante para a conservação desta espécie em via crítica de extinção", declarou à AFP Delphine Delord, diretora associada do ZooParc de Beauval, no centro da França.
Sua mãe, Mayombé, nasceu no ZooParc de Beauval, e seu pai, Djongo, nasceu no zoológico de Port Lympne (Reino Unido).
Segundo os cuidadores da Fundação Aspinall, a ONG que acompanha os gorilas reintroduzidos no Parque Nacional de Planaltos Bateké no Gabão, o bebê gorila, que aparentemente está saudável, teria nascido na madrugada de 13 para 14 de junho.
"A natureza é magnífica. Tudo pode acontecer. Este bebê é frágil, mas no momento Mayombé (13 anos) mantém seu recém-nascido em uma posição perfeita e o alimenta bem", disse Debord.
"Djongo (15 anos) se aproxima deles muito lentamente. Foi inclusive visto nas imagens das câmeras - que são ativadas quando os animais passam - tocando o bebê. A mãe permitiu", afirmou.
"Os gorilas machos têm um papel a desempenhar no desenvolvimento de sua descendência. Assistimos à criação de um início de grupo que será reforçado com a reintrodução de outra fêmea nascida na Inglaterra", afirmou.
Este nascimento sugere um "possível futuro melhor para esta espécie", comentou Rodolphe Delord, presidente do ZooParc e da associação Beauval Nature, que acompanhou a transferência de Mayombé para o Gabão em 2019.
Segundo Beauval Nature, nas planícies do oeste do Gabão restariam "entre 150.000 e 250.000 gorilas". Acredita-se que cerca de "800 indivíduos" vivem em zoológicos.
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