"Estou convencido de que desde sua origem não tem vícios", afirmou Slim à imprensa sobre a obra, após se reunir com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, no palácio do governo.
"A obra foi feita pelos melhores calculistas do México", se defendeu o empresário mexicano, dono da 14ª maior fortuna do mundo estimada em 70,2 bilhões de dólares, segundo a revista Forbes.
De acordo com a prefeitura da capital, a empresa Carso, de Slim, construiu o trecho da Linha 12 que se partiu em dois, deixando também cerca de 80 feridos. A mexicana ICA e a francesa Alstom também participaram do projeto.
Um relatório preliminar da empresa norueguesa DNV, encomendado pelo governo da Cidade do México e publicado em 16 de junho, determinou que o acidente "foi causado por uma falha estrutural".
A DNV disse que o problema estava associado a "condições" como "deficiências no processo de construção" e soldagem de parafusos.
Também está ligada à "porosidade e falta de fusão na junta parafuso-viga", à "falta de parafusos Nelson nas vigas que compõem a montagem da ponte", ao uso de "diferentes tipos de concreto" e "soldas inacabadas e / ou mal executadas".
Mas Slim, engenheiro civil de 81 anos, destacou que no final de 2012, quando foi inaugurada a Linha 12, sua operação foi avalizada por especialistas internacionais.
"O que comprova isso é que o presidente da República (Felipe Calderón), o chefe de governo (da cidade, Marcelo Ebrard) andaram nessa linha", lembrou o magnata das telecomunicações.
Slim anunciou que o Grupo Carso participará da reabilitação da Linha 12, cuja interrupção de operação atinge moradores de uma área pobre da cidade.
"O que disse ao presidente é que, independentemente de tudo, nosso interesse é reabilitar o trecho o mais rápido possível", afirmou.
Questionado se "isso seria responsabilidade" da empresa, Slim respondeu: "Sim, sim, nossa", embora não tenha ficado claro se a empresa irá arcar com os custos.
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