O acordo ainda não foi confirmado e validado por um juiz, mas o valor o tornaria um dos maiores acordos de agressão sexual da história dos Estados Unidos.
O grupo disse que o acordo com a Coalizão de Escoteiros Abusados foi negociado como parte do pedido de falência da organização de jovens.
A BSA entrou com o pedido de falência em fevereiro de 2020, depois que revelações de décadas de abuso sexual de crianças em círculos de escoteiros nos Estados Unidos vieram à tona em 2012.
"Este acordo garante que temos o apoio esmagador dos sobreviventes para o Plano de Reorganização proposto pela BSA, que é um passo fundamental na jornada da BSA para sair da falência", disse a organização em um comunicado.
O grupo descreveu o movimento como o "maior passo até o momento em direção ao duplo imperativo da BSA: compensar os sobreviventes de abuso de forma equitativa e preservar a missão do Escotismo".
O acordo prevê que a organização nacional contribua com ativos no valor de até 250 milhões de dólares para um fundo que compensará os sobreviventes de abusos.
Os conselhos locais de escoteiros contribuiriam com dinheiro e propriedades no valor de 500 milhões de dólares para o fundo e outros US$ 100 milhões para um fundo separado, financiado com dinheiro destinado aos planos de pensão.
O acordo ainda precisa da aprovação de um juiz de falências e não foi assinado por todas as vítimas de abuso, embora a BSA tenha dito que a Coalizão de Escoteiros Abusados pela Justiça representa "a vasta maioria dos demandantes".
O negócio também enfrenta oposição das seguradoras.
"Nossa intenção é buscar a confirmação do plano neste verão e sair da falência no final deste ano", disse a BSA.
Cerca de 100.000 queixas de abuso sexual foram feitas contra os Boy Scouts, disse Paul Moses, o advogado das vítimas, à AFP em novembro.
Um número que se soma às cerca de 11.000 queixas que se estima terem sido feitas nos últimos anos contra a Igreja Católica.
O Boy Scouts of America, fundado em 1910 e com sede em Irving, Texas, tem 2,2 milhões de membros com idades entre cinco e 21 anos.
WASHINGTON