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Estado de Minas TÓQUIO

Diminuem esperanças de encontrar sobreviventes após deslizamento no Japão


06/07/2021 11:55 - atualizado 06/07/2021 11:55

As autoridades da cidade de Atami, na região central do Japão, continuam tentando, nesta terça-feira (6), estabelecer o número de vítimas do grande deslizamento de terra que destruiu dezenas de casas no sábado, enquanto diminuem as esperanças de encontrar sobreviventes.

O balanço oficial de mortes subiu para sete e 27 pessoas continuam desaparecidas.

Mas o período de 72 horas após a catástrofe, considerado crítico por especialistas para encontrar pessoas com vida, terminou nesta manhã.

"Quanto mais o tempo passa, mais difícil é resgatar as pessoas, mas vamos continuar nossas buscas e tentar salvar o maior número possível de vidas", afirmou Takamichi Sugiyama, porta-voz da prefeitura de Shizuoka, à AFP.

O número de pessoas com paradeiro desconhecido era de mais de 100 no início das operações, mas as autoridades conseguiram localizar a maioria delas e confirmaram que estavam a salvo.

O prefeito de Atami, Sakae Saito, disse estar "rezando" para encontrar o maior número de desaparecidos.

As autoridades tiveram dificuldades para localizar algumas pessoas, porque muitas casas da área são utilizadas como residências secundárias. Os idosos com imóveis nesta área às vezes moram em outros lugares, como centros especializados.

As autoridades anunciaram na segunda-feira (5) que uma das vítimas identificadas era Chiyose Suzuki, de 82 anos. Ela não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.

Seu filho mais velho, de 56 anos, declarou à agência de notícias Kyodo que lamenta não ter conseguido retirar a mãe, que tinha dificuldades para caminhar, quando a polícia ordenou a evacuação.

"Deveria ter retornado e a retirado eu mesmo", disse.

O deslizamento de terra aconteceu no sábado, após vários dias de fortes chuvas em Atami, um balneário cercado por montanhas a 90 quilômetros de Tóquio.

A avalanche de lama, em várias ondas, arrastou postes de energia elétrica, enterrou veículos e derrubou casas. No total, 130 edifícios foram destruídos, ou danificados.

Três dias após a catástrofe, Atami tem um cenário de desolação, com várias casas destruídas, veículos tombados e ruas intransitáveis.

Imagens filmadas de helicópteros mostram um rio de lama e de rochas de quase dois quilômetros que segue até o mar.

Os 1.100 socorristas mobilizados retomaram os trabalhos de busca e continuavam tentando abrir caminho entre os escombros.

Grande parte do Japão está em plena temporada de chuvas, o que provoca inundações e deslizamentos de terra.

De acordo com os cientistas, o fenômeno é agravado pela mudança climática, pois a atmosfera mais quente retém mais água e aumenta o risco e a intensidade das chuvas.

Atami registrou 313 mm de chuva em 48 horas na sexta-feira e no sábado. A média de julho nos últimos anos foi de 242 mm.


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