Detido na segunda-feira (5) em virtude de um mandado emitido em 21 de junho pelo tribunal regional de Munique, o suspeito Klaus L. poderá ser colocado em prisão preventiva ainda nesta terça.
Em troca de "honorários", o cientista político, de 75 anos, teria fornecido aos serviços chineses informação "obtida, principalmente, por meio de seus inúmeros contatos políticos de alto nível" no âmbito do "think tank" que ele dirigiu durante anos, acrescentou o MP em um comunicado.
Este órgão é encarregado dos casos de espionagem.
O professor, que conseguiu dar "destaque internacional" ao seu "think tank", graças à sua "reputação científica e às redes que construiu durante muitos anos", teria sido abordado pelos serviços chineses durante uma turnê de conferências em junho de 2010, em Xangai.
"Membros de um serviço de Inteligência chinês entraram em contato com o suspeito para estimulá-lo a cooperar", disse o MP de Karlsruhe.
"No período seguinte, até novembro de 2019, o suspeito forneceu informações, regularmente, ao serviço de Inteligência chinês antes, ou depois, de visitas de Estado, ou de conferências multinacionais, assim como sobre certos temas de atualidadeões atuais", dizem os promotores.
Em troca, "recebeu financiamento para viajar para reuniões com oficiais da Inteligência chinesa" e "honorários".
Klaus L. também trabalhou para o BND, o serviço federal de Inteligência alemão, por cerca de 50 anos, revelou a emissora pública ARD em uma investigação.
Segundo o canal, Klaus L. foi um dos líderes da influente Fundação Hanns-Seidel, filiada ao partido conservador CSU, da Baviera.
BERLIM