Este é o último episódio da queda do advogado em ascensão que, desde 2018, se tornou um ferrenho opositor do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Ela ganhou fama representando Stormy Daniels, uma atriz pornográfica e dançarina que afirma ter tido um caso com Trump.
Em março de 2018, a atriz - Stephanie Clifford é seu nome verdadeiro - processou Trump para cancelar um acordo de confidencialidade que a proibia de falar sobre o suposto caso.
Avenatti, de 50 anos, tornou-se então um líder do movimento anti-Trump, multiplicando as intervenções diante das câmeras e nas redes sociais. Alguns atribuíram a ele ambições políticas, incluindo presidenciais.
Mas, pouco mais de um ano depois, em março de 2019, o advogado foi preso por tentar extorquir dinheiro da Nike e por sonegação de impostos.
Os investigadores disseram que Avenatti pediu aos executivos da Nike que lhe pagassem milhões de dólares para dissuadi-lo de divulgar informações potencialmente comprometedoras da empresa sobre violações cometidas no recrutamento de jogadores universitários de basquete.
Durante a sentença, Avenatti se mostrou arrependido. "Eu simplesmente arruinei minha carreira, meus relacionamentos e minha vida", disse ele ao juiz federal de Manhattan, Paul Gardephe, de acordo com repórteres presentes no tribunal.
"O comportamento de Avenatti foi escandaloso", concluiu o juiz, que considerou que o advogado "se embriagou" com o poder.
A decisão não põe fim aos problemas jurídicos de Avenatti, que mora em Los Angeles. Ele deve responder perante um tribunal federal da Califórnia sobre outras acusações de fraude por parte de seus clientes e do tesouro. Em Nova York, é acusado de desviar fundos destinados a Stormy Daniels.
NOVA YORK