O juiz encarregado do caso acatou os elementos apresentados pela promotoria para abrir o processo contra Guajardo, hoje deputado federal eleito, que foi peça chave na negociação do tratado de livre-comércio com os Estados Unidos e o Canadá (TMEC).
A ação judicial contra Guajardo se inicia "em virtude do fato de que, entre 2014 e 2018, esse indivíduo, como servidor público, provavelmente obteve um aumento injustificado do seu patrimônio, do qual não conseguiu provar a origem legal", detalhou a promotoria em comunicado.
Guajardo disse à W Radio que a acusação contra ele se trataria de perseguição política, e que entregou a autoridades documentos sobre a legitimidade de quatro transferências bancárias para suas contas pessoais, no valor de cerca de US$ 450 mil.
O ex-ministro também é investigado pela aquisição de uma obra de arte em 2010. "Estou o mais calmo possível, tenho uma imagem pública de honradez", declarou o ex-ministro, que, em setembro, deveria assumir a cadeira de deputado federal pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI).
A denúncia contra o ex-funcionário do governo de Enrique Peña Nieto (2012-2018) teve origem em um pedido da Promotoria Especializada em Combate à Corrupção, detalhou o Ministério Público. O juiz concedeu a Guajardo liberdade provisória, com a condição de que ele compareça semanalmente à Justiça.
O ex-ministro está proibido de deixar o país sem autorização judicial. O juiz deu à promotoria e à defesa quatro meses para apresentarem provas complementares.
Guajardo é o segundo membro do gabinete de Peña Nieto a enfrentar um processo judicial por suspeita de corrupção, depois que Rosario Robles, ex-ministra do Desenvolvimento, foi presa em 2019, acusada de um desvio milionário de recursos.
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