A iniciativa levou a fabricante dinamarquesa dos brinquedos a notificar formalmente a empresa em questão. "Nossa organização entrou em contato com a Lego, que enviou uma carta de notificação formal ao fabricante irresponsável de armas", tuitou nesta terça-feira Shannon Watts, fundadora da associação Moms Demand Action, que pressiona por leis de armas mais estritas.
Perigosamente semelhante a um brinquedo criado com peças de Lego, a arma semiautomática da empresa Culper Precision foi batizada de "Block19" e custa entre US$ 549 e US$ 765. "Este é um dos nossos sonhos de infância se tornando realidade", anunciou a empresa em uma publicação feita em junho no Instagram promovendo a arma.
"As pistolas são divertidas. Atirar com uma arma é divertido", dizia a página dedicada ao produto na internet, que foi removida. "É irresponsável e perigoso além do imaginável. Mesmo quando as armas não parecem brinquedos, as crianças podem usá-las", tuitou Shannon Watts nesta terça-feira.
O presidente da Culper Precision, Brandon Scott, confirmou ao "The Washington Post" que recebeu a notificação formal da Lego e que decidiu atender a seus pedidos, após vender menos de 20 pistolas.
A polêmica surge no momento em que o presidente Joe Biden faz do combate à "epidemia" de violência armada nos Estados Unidos uma das prioridades do seu mandato. Biden apresentou em junho medidas para conter a proliferação de armas de fogo em nível federal, mas o Congresso está dividido e os democratas tentam fazer o projeto avançar.
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