A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou nesta quarta-feira (14) sobre o aumento dos casos de COVID-19 em Cuba, onde disse que a variante Delta já está presente, e recomendou evitar aglomerações na ilha, abalada hoje por manifestações anti-governo.
"Cuba registrou o maior número de casos semanais desde o início da pandemia", disse Carissa Etienne, diretora da Opas, em uma entrevista coletiva, observando um aumento nas infecções na região do Caribe.
Etienne observou que muitos países nas Américas, incluindo Cuba, experimentaram "ondas de protestos" que ela atribuiu "em parte aos impactos desta pandemia" e recomendou que os países priorizassem as redes de segurança social e seguissem as medidas de combate à propagação do vírus.
Questionado sobre a incidência sanitária dos protestos de rua em Cuba, o diretor de emergências sanitárias da Opas, Ciro Ugarte, destacou que a concentração de pessoas aumenta o risco de contágio.
"A aglomeração de pessoas para manifestações por motivos políticos ou religiosos, culturais, esportivos aumenta o risco de transmissão, principalmente se, como no caso de Cuba, houver transmissão ativa", afirmou.
Ugarte destacou que na última semana as autoridades cubanas notificaram 34.244 casos de covid, o que representa um aumento de cerca de 34% em relação à semana anterior, e disse que confirmaram a presença da variante Delta na ilha, detectada pela primeira vez na Índia e considerada muito contagiosa.
Os maiores números de infecções foram registrados em Matanzas, Sancti Spíritus, Ciego de Ávila, Mayabeque, Guatánamo, Santiago de Cuba, Camagüey e Cienfuegos.
- O fator turismo -
"Todos os municípios já estão em transmissão comunitária", alertou Ugarte, destacando o "aumento exponencial" de casos em Matanzas nas últimas semanas.
Lembrou que o balneário de Varadero está localizado na província de Matanzas e disse que a chegada de turistas "é outro fator que deve ser considerado" na atual situação de saúde em Cuba.
"Nossa recomendação é manter as medidas de saúde pública em todos os momentos, incluindo distanciamento físico, uso de máscaras, desinfecção frequente das mãos e evitar aglomeração de pessoas, além de estarmos atentos ao aparecimento de sintomas em qualquer outra pessoa", enfatizou Ugarte.
Cuba, com 11,2 milhões de habitantes, começou a imunizar sua população em maio para tentar frear o avanço da covid. Ugarte disse que até 10 de julho cerca de 3,04 milhões de pessoas (27% da população) receberam alguma dose das vacinas candidatas Abdala ou Soberana.
Cientistas estão trabalhando em cinco vacinas candidatas em Cuba, das quais a Abdala recebeu luz verde para uso emergencial da agência reguladora de medicamentos cubana.
Abdala tem uma eficácia de 92,28% contra o risco de contrair covid com sintomas, de acordo com o grupo farmacêutico estadual BioCubaFarma.
Em uma coletiva de imprensa, o vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, aplaudiu os esforços de Cuba para ter suas próprias vacinas anticovid.
"Somos uma região muito vulnerável porque dependemos de importações", disse. "É por isso que saudamos esses desenvolvimentos em Cuba".
"Cuba registrou o maior número de casos semanais desde o início da pandemia", disse Carissa Etienne, diretora da Opas, em uma entrevista coletiva, observando um aumento nas infecções na região do Caribe.
Etienne observou que muitos países nas Américas, incluindo Cuba, experimentaram "ondas de protestos" que ela atribuiu "em parte aos impactos desta pandemia" e recomendou que os países priorizassem as redes de segurança social e seguissem as medidas de combate à propagação do vírus.
Questionado sobre a incidência sanitária dos protestos de rua em Cuba, o diretor de emergências sanitárias da Opas, Ciro Ugarte, destacou que a concentração de pessoas aumenta o risco de contágio.
"A aglomeração de pessoas para manifestações por motivos políticos ou religiosos, culturais, esportivos aumenta o risco de transmissão, principalmente se, como no caso de Cuba, houver transmissão ativa", afirmou.
Ugarte destacou que na última semana as autoridades cubanas notificaram 34.244 casos de covid, o que representa um aumento de cerca de 34% em relação à semana anterior, e disse que confirmaram a presença da variante Delta na ilha, detectada pela primeira vez na Índia e considerada muito contagiosa.
Os maiores números de infecções foram registrados em Matanzas, Sancti Spíritus, Ciego de Ávila, Mayabeque, Guatánamo, Santiago de Cuba, Camagüey e Cienfuegos.
- O fator turismo -
"Todos os municípios já estão em transmissão comunitária", alertou Ugarte, destacando o "aumento exponencial" de casos em Matanzas nas últimas semanas.
Lembrou que o balneário de Varadero está localizado na província de Matanzas e disse que a chegada de turistas "é outro fator que deve ser considerado" na atual situação de saúde em Cuba.
"Nossa recomendação é manter as medidas de saúde pública em todos os momentos, incluindo distanciamento físico, uso de máscaras, desinfecção frequente das mãos e evitar aglomeração de pessoas, além de estarmos atentos ao aparecimento de sintomas em qualquer outra pessoa", enfatizou Ugarte.
Cuba, com 11,2 milhões de habitantes, começou a imunizar sua população em maio para tentar frear o avanço da covid. Ugarte disse que até 10 de julho cerca de 3,04 milhões de pessoas (27% da população) receberam alguma dose das vacinas candidatas Abdala ou Soberana.
Cientistas estão trabalhando em cinco vacinas candidatas em Cuba, das quais a Abdala recebeu luz verde para uso emergencial da agência reguladora de medicamentos cubana.
Abdala tem uma eficácia de 92,28% contra o risco de contrair covid com sintomas, de acordo com o grupo farmacêutico estadual BioCubaFarma.
Em uma coletiva de imprensa, o vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, aplaudiu os esforços de Cuba para ter suas próprias vacinas anticovid.
"Somos uma região muito vulnerável porque dependemos de importações", disse. "É por isso que saudamos esses desenvolvimentos em Cuba".