Pelo menos 132 países já concordaram com reformas em matéria de tributação internacional, as quais incluem um imposto mínimo de 15% sobre as grandes empresas.
No sábado, os ministros das Finanças do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias mundiais e a União Europeia, apoiaram o acordo histórico.
O plano é liderado pelos Estados Unidos.
A Irlanda, que aplica 12,5% de imposto sobre as empresas e é vista por alguns como um "paraíso fiscal", não apoiará os planos em sua forma atual, frisou Donohoe.
"O que está na mesa, neste momento, é um acordo, do qual a Irlanda não pode fazer parte", declarou ele à emissora pública irlandesa RTE.
"Estamos comprometidos com negociar para ver se podemos entrar no acordo em algum momento, mas eu defendo 12,5%", acrescentou, destacando que "é uma característica-chave de nossa política econômica há décadas".
O jornal Irish Examiner chegou a noticiar que o governo de Dublin planejava renunciar à sua taxa de 12,5% - o que atraiu várias empresas farmacêuticas e do setor tecnológico americanas instaladas na Irlanda - como parte de um novo acordo fiscal da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em outubro, temendo ser excluído da cena internacional.
"A Irlanda continuará defendendo o direito dos países menores de conservar alguma vantagem competitiva, mas não queremos ser um país atípico, no que diz respeito a um acordo fiscal mundial", disse uma fonte do governo ao jornal.
Aceitar a proposta de 15% criaria "problemas" para "as pessoas que investiram em nossa economia e têm expectativas em relação à previsibilidade da nossa taxa no futuro", justificou Donohoe.
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