O padre - cujo julgamento começou em outubro de 2020 - é suspeito de ter forçado um menino um ano mais novo a fazer sexo com ele em sua juventude.
Os fatos começaram em 2007 no pré-seminário San Pío X, quando ambos ainda eram adolescentes, com 14 e 13 anos, respectivamente, e continuaram por cinco anos, até 2012, quando Martinelli fez 19 anos.
O promotor de justiça Roberto Zannotti considerou necessário punir Gabriele Martinelli por atos a partir dos 16 anos.
A princípio, pediu 8 anos de prisão, reduzidos para 4 anos devido à pouca idade do acusado na época dos fatos, por "violência carnal agravada", crime assim denominado no Código Penal do Vaticano.
Outros quatro anos, reduzidos a dois, também foram pedidos por "atos de desejo agravado". Durante o julgamento, o Pe. Martinelli, hoje com 29 anos, qualificou as acusações feitas contra ele pela vítima (L.G.) como "infundadas".
Ordenado sacerdote em Como (Lombardia, norte da Itália) em 2017, Martinelli trabalha atualmente em um centro para idosos.
Além disso, o promotor pediu quatro anos de prisão por "favoritismo" ao padre Enrico Radice, de 72 anos, que na época era reitor do pré-seminário e teria feito vista grossa aos atos de Gabrielle Martinelli, seu protegido.
"Ninguém nunca me falou sobre abuso sexual", se defendeu Radice no tribunal.
Os advogados de defesa serão ouvidos em uma audiência na sexta-feira. A data para a sentença ainda não foi definida.
audima