As ruas de Melbourne amanheceram em silêncio nesta sexta-feira (16/7), no primeiro dia de seu quinto confinamento, enquanto a Austrália tenta conter um surto da variante Delta da COVID-19 em suas duas maiores cidades.
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Os moradores podem sair de casa apenas por motivos específicos, entre eles praticar exercícios e comprar bens essenciais. Muitos esperam que a medida dure pouco tempo.
"Tomara que sejam apenas cinco dias. Acho que seria muito tranquilo", disse Matilda Dempsey, de 18 anos, também moradora de Melbourne.
"Acho que Sydney começou um pouco tarde e, agora, eles estão presos em uma situação pior", acrescentou.
Autoridades de todo o país estão lutando para detectar e prevenir a propagação do vírus entre uma população que, em sua maioria, não está vacinada.
Melbourne registrou cinco casos nas últimas 24 horas, todos ligados a focos de contágio conhecidos. Até o momento, o surto total acumula são 24 infecções.
Um número crescente de locais de exposição, incluindo uma recente partida de rúgbi entre Austrália e França na cidade, gerou temores entre as autoridades de que milhares de pessoas possam ter entrado em contato com o vírus.
Em Sydney, epicentro do último surto, os dados oficiais indicam que há transmissão comunitária do vírus, já que o número de casos diários voltou a subir, chegando perto de 100.
"É uma variante muito perigosa, e é por isso que todos nós precisamos nos cuidar", disse o ministro da Saúde do estado de Nova Gales do Sul, Brad Hazzard.
O confinamento em Sydney deve continuar por pelo menos mais duas semanas, enquanto as autoridades tentam conter o surto comunitário do coronavírus. São mais de mil casos em um mês.
A Austrália foi reconhecida por sua gestão bem-sucedida da pandemia, com poucos casos e mortes desde o início, mas a lenta vacinação obrigou a adoção do confinamento, enquanto outros países começam a se reabrir.
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