O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Enfermidades publicou nesta sexta-feira (16/7), uma projeção que prevê um aumento de cinco vezes no número de novos casos de COVID-19 na União Europeia e na Noruega e Finlândia, que não são membros do bloco.
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Já para a semana que termina em 8 de agosto, o centro espera um crescimento ainda maior, de 620 novos casos para cada 100 mil habitantes.
Essas projeções igualariam a média de casos registrados de setembro a dezembro de 2020 e em abril de 2021, quando o continente passou por surtos de contaminação pela COVID-19.
Vacinação
Segundo o estudo, o número de internações aumentará, mas a boa notícia é que, graças à vacinação, esse crescimento não acontecerá de forma tão significativa.
O centro calcula que 63% da população da União Europeia com mais de 18 anos alcançada pelo estudo foi imunizada com, pelo menos, uma dose de vacina. Enquanto isso, 48% já tomaram as duas doses até 11 de julho.
Ainda de acordo com as projeções, é possível que o número de mortos supere os 10 por cada 100 mil habitantes, ultrapassando o índice de 6,8 registrado na semana passada.
A tendência de contaminação apresenta alta em dois terços dos 30 países pesquisados pela agência europeia AFP. Além disso, o aumento dos casos é maior entre jovens de 15 a 24 anos.
Espanha e Portugal estão na categoria de “alta preocupação” e têm o turismo afetado pelo avanço do contágio. Já países como Holanda, Luxemburgo, Malta e Chipre estão no grupo que gera “preocupação moderada”. Os outros 24 apresentam um risco menor, mas sua situação também é de alerta.
Na semana passada, o número de novos casos na União Europeia aumentou 60% devido à “flexibilização das medidas sanitárias e ao avanço da variante Delta”, segundo a AFP. Em junho, o centro de controle e prevenção de enfermidades, com sede em Estocolmo, previu que esta variante será responsável por cerca de 90% dos novos casos na Europa até o fim de agosto.
Reino Unido
Apesar de ser um dos países com a vacinação mais avançada contra a COVID-19, o Reino Unido também registrou um aumento de novos casos e internações, em decorrência da doença.
A realização de eventos esportivos como a final da Eurocopa e o torneio de tênis de Wimbledon, podem ajudar a explicar esse aumento, já que foram registradas cenas de aglomerações e de desrespeito ao uso obrigatório de máscaras.
O governo inglês pediu que as pessoas voltem a se cuidar para evitar um cenário preocupante provocado pela doença. As autoridades já imaginam que haverá um aumento de casos, que pode chegar a 100 mil por dia, à medida que as restrições forem suspensas.
Apesar disso, o primeiro-ministro Boris Johnson continua com o plano de concluir na próxima segunda-feira (19/7) o relaxamento do confinamento imposto em janeiro na Inglaterra, por considerar que o sucesso da campanha de vacinação compensa o avanço do vírus.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
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