Jornal Estado de Minas

INTERNACIONAL

Inundações na Europa matam mais de 180

As inundações causadas por violentas chuvas que atingiram uma faixa da Europa Ocidental já mataram mais de 180 pessoas e milhares estão desaparecidas, segundo números divulgados pelas autoridades locais. As chuvas, que começaram na quinta-feira, arrastaram vilarejos inteiros após um temporal de verão (no Hemisfério Norte) em níveis que não eram vistos na região havia um século.

A chanceler alemã, Angela Merkel, foi neste domingo, 18, a uma das regiões mais afetadas pelas devastadoras enchentes no oeste da Alemanha. A visita ocorre enquanto o número de mortos no país chega a 156 pessoas e o perigo de transbordamentos aumenta nas regiões leste e sul.

O governo da Bélgica confirmou ontem 24 óbitos, mas estima que haja mais mortos na tragédia.

Até ontem a maioria dos desaparecidos havia sido contabilizada, mas o recuo das águas começava a revelar a extensão dos danos. "Muitas pessoas perderam tudo o que passaram suas vidas construindo. Seus pertences, sua casa, o telhado sobre suas cabeças", disse o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, após visitar a cidade de Erftstadt. Os militares alemães usam veículos blindados para remover carros e caminhões arrastados pelas enchentes em uma estrada próxima à cidade. Até a tarde de ontem, nenhuma vítima foi encontrada nos veículos, disseram as autoridades.

Na área de Ahrweiler, a polícia alertou sobre um risco potencial de linhas de transmissão de energia que desabaram. Muitas áreas ainda estão sem eletricidade e telefone.

Fortes inundações também afetaram Holanda, Luxemburgo e Suíça, e alertas foram emitidos em regiões da França.

No sul da Holanda, voluntários trabalharam para escorar diques e proteger as estradas. Milhares de moradores puderam voltar para casa na manhã de ontem, após terem deixado as residências entre quinta e sexta-feira.

A tempestade - em níveis não vistos na região nos últimos 100 anos - desencadeou apelos para que se acelerem as ações contra as mudanças climáticas e a proteção contra enchentes em meio a eventos climáticos irregulares. A tragédia ocorre um dia depois de a UE anunciar planos ambiciosos para reduzir, em menos de uma década, as emissões líquidas de gases do efeito estufa em pelo menos 55% abaixo dos níveis de 1990. (Com agências internacionais)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



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