Jonathan Kanter, um advogado que representou empresas que enfrentaram as plataformas de tecnologia, estaria à frente da divisão encarregada de lidar com uma série de casos contra as maiores empresas de tecnologia por suposto abuso de monopólios.
A nomeação de Kanter, que ainda não foi confirmada pelo Congresso, segue a nomeação de Lina Khan, uma defensora da divisão das maiores empresas de tecnologia, para chefiar a Comissão Federal do Comércio, que também está envolvida na aplicação da lei.
Uma declaração da Casa Branca qualificou Kanter como sendo "um proeminente defensor e especialista nos esforços para promover políticas de concorrência e aplicação de leis antitruste fortes e significativas".
Kanter representou empresas como o Yelp e o Spotify, para as quais gigantes da tecnologia como Google e Apple usaram práticas injustas para suprimir a concorrência.
Ele também representou a News Media Alliance, que defende que as grandes plataformas têm atrapalhado as empresas midiáticas.
Como ex-advogado da FTC, ele recentemente formou seu próprio "escritório de advocacia antitruste que defende a aplicação da legislação antitruste federal e estadual", observou a Casa Branca.
As primeiras indicações da administração Biden sugerem um aumento nos esforços de fiscalização antitruste, em meio a pedidos para dissolver algumas das maiores e mais bem-sucedidas empresas de tecnologia.
No início deste mês, o presidente dos Estados Unidos revelou um plano de longo alcance com o objetivo de desviar o equilíbrio de poder das corporações e redirecioná-lo para "os menores".
Biden descreveu a iniciativa como uma mudança do que chamou de "experimento de 40 anos de Washington de permitir que corporações gigantes acumulem mais e mais poder", quando assinou uma ordem executiva exigindo mudanças em todos os níveis, desde a venda de aparelhos auditivos até a divulgação das taxas de bagagem das companhias aéreas.
"Temos que voltar a uma economia que cresce de baixo para cima", acrescentou.
A ordem assinada por Biden, amplamente elogiada pelos defensores dos consumidores, mas fortemente criticada pelos lobistas da indústria, compreende 72 iniciativas a nível federal e anuncia a criação do chamado "Conselho de Concorrência da Casa Branca" para monitorar o progresso nas novas normativas.
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