As organizações Forbidden Stories e Anistia Internacional obtiveram uma lista de 50 mil números de telefone, selecionados para clientes da NSO desde 2016 para serem potencialmente monitorados, e a compartilharam com um consórcio de 17 veículos de imprensa que revelaram sua existência no domingo.
O presidente francês, o rei Mohammed VI do Marrocos e o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, estão na lista, assim como 180 jornalistas que foram espionados por diferentes Estados que tiveram acesso a esse programa.
Instalado em um celular, o Pegasus pode recuperar mensagens, fotos, contatos e ativar o microfone à distância.
Chaim Gelfand, alto funcionário do grupo, disse à rede I24 News que podia "afirmar com certeza que o presidente Macron não era um alvo". "Há alguns casos que foram revelados, o que nos traz problemas, e vamos começar a revisar os eventos", acrescentou.
Logo depois, o grupo com sede em Tel Aviv alegou ser vítima de uma campanha "perversa e caluniosa" e anunciou em um comunicado que "não responderia às perguntas da mídia" sobre o caso Pegasus.
"A NSO é uma empresa de tecnologia. Não operamos os sistemas nem temos acesso aos dados de nossos clientes, mas eles têm a obrigação de nos fornecer essas informações em caso de investigações", afirmou.
A empresa, que conta com 850 funcionários, tem contratos com 45 países e diz que seus negócios precisam passar pela aprovação do Ministério da Defesa de Israel.
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