O Hamas publicou um comunicado nesta segunda-feira para confirmar que sua comissão eleitoral "concluiu a supervisão das etapas do processo eleitoral interno", encerrado com a reeleição de Haniyeh como chefe do gabinete político.
De acordo com o Hamas, "dezenas de milhares" de membros do grupo islâmico, que lutou quatro guerras contra o Estado hebraico desde 2008 - a última em maio - participaram das eleições internas, nas quais Haniyeh não teve oposição conhecida.
Considerado um pragmático, Haniyeh, que vive entre o Catar e a Turquia, foi eleito chefe do gabinete político do Hamas em 2017, substituindo Khaled Mechaal, que liderava o movimento desde 1996.
Após a vitória do Hamas nas eleições legislativas palestinas de 2006, as últimas realizadas, Ismail Haniyeh já havia assumido a liderança de um governo sindical palestino.
E ele havia se comprometido a trabalhar para a criação de um Estado palestino "na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém como capital", o que ia contra o fluxo do discurso oficial do Hamas, que na época não reconhecia essas fronteiras.
Mas o Hamas e o Fatah se lançaram em 2007 em uma espécie de guerra civil que levou à divisão de fato dos Territórios Palestinos, onde a Faixa de Gaza ficou sob o domínio do Hamas de um lado e da Cisjordânia ocupada, governada pela Autoridade Palestina.
Em março passado, o Hamas reelegeu Yahya Sinouar como chefe do gabinete político do movimento para a Faixa de Gaza. Segundo fontes do movimento, cinco candidatos aspiravam ao cargo.
A eleição do chefe de todo o gabinete político deste movimento, dotado de poderoso ramo militar e considerado terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, foi adiada devido à guerra com Israel em maio passado.
audima