Jornal Estado de Minas

CRIME

Jovens brasileiros são executados a tiros na fronteira com o Paraguai

Dois irmãos brasileiros de 19 e 21 anos foram assassinados com mais de 30 tiros na noite deste domingo (2/7) na fronteira de Ponta Porã, no estado de Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, cidade do Paraguai. O crime contra Robson e Jefferson Martínez de Souza é atribuído aos “Justiceiros da Fronteira”, nome dado a uma organização criminosa formada no país vizinho que afirma fazer justiça com as próprias mãos.




 
 
Junto aos corpos foi encontrado um bilhete que dizia que os jovens brasileiros faziam roubos na fronteira. Eles trabalhavam em um lava-jato em Ponta Porã e iam ao Paraguai com frequência para fazer compras e praticar furtos.

“Deixamos bem claro que não vamos permitir roubos a gente trabalhadora próximo à fronteira”, afirma o comunicado. 

A Polícia Nacional do Paraguai investiga o caso. As primeiras informações são de que os criminosos estavam em uma caminhonete quando alvejaram as vítimas, que se locomoviam em uma motocicleta. 


Histórico violento


Na semana passada, a polícia encontrou um corpo de um adolescente sem as mãos. Ao seu lado, também havia um bilhete: “Os justiceiros estão de volta”.





Anteriormente, o casal Luis Mateo e Anabel Centurión foi morto a tiros numa choperia, quando eles comemoravam o aniversário da namorada. 

O estudante Eduardo Gonzalez, de 18, foi encontrado esquartejado em Ponta Porã. Conforme o boletim de ocorrência, ele foi perseguido, alcançado e colocado dentro de um carro de luxo, no Jardim Universitário, bairro de Ponta Porã. Policiais chegaram no local em seguida, porém, os suspeitos já tinham fugido levando o rapaz.

A região fronteiriça é considerada violenta por conta dos constantes assassinatos, além de ser um corredor para o tráfico de armas e drogas e contrabando de aparelhos eletrônicos.