Paviglianiti foi detido na zona de Cuatro Caminos, de Madri, em 2 de agosto, em uma operação conjunta com a polícia italiana.
"O detido, considerado um dos foragidos mais procurados da Itália, foi localizado com documentação portuguesa falsa, seis telefones celulares e quase 6.000 euros em notas de 200 euros", afirma um comunicado divulgado pela força de segurança da Espanha.
Paviglianiti é acusado do assassinato de um homem, crime pelo qual foi condenado a 16 anos de prisão na Itália. O condenado ainda precisa cumprir 11 anos e oito meses da pena.
Em 2019, foi solto na Itália por uma tecnicalidade jurídica e, mais tarde, mudou-se para a Espanha.
A polícia detectou parte da família do detido em Barcelona, onde ele passou alguns meses refugiado, antes de seguir para Madri. Estabeleceu residência ma capital espanhola até ser localizado e detido.
Paviglianiti ajudou a controlar as operações da máfia no norte da Itália e na América do Sul.
Chamado de "chefe dos chefes" pela imprensa italiana por seu papel nos crimes cometidos nas décadas de 1980 e 1990, incluindo assassinato e tráfico de drogas, Paviglianiti passou mais de 20 anos na prisão antes de sua libertação em 2019.
Teve "papel de destaque durante a chamada segunda guerra da máfia, quando outras famílias da 'Ndrangheta na província de Reggio Calabria apoiaram o clã De Stefano na violenta disputa com o clã dos Condello", informaram os investigadores italianos.
Em sua longa relação com a Justiça, Paviglianiti já havia sido detido em 1996 na Espanha e extraditado três anos mais tarde para a Itália.
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