Conte, que renunciou em janeiro, preparava-se há meses para assumir a liderança do M5S e dar um novo fôlego ao partido, mas sua nomeação foi adiada devido a disputas internas. Uma votação eletrônica, acessada por 62.000 pessoas e que teve Conte como candidato único, confirmou a sua nomeação na noite desta sexta-feira, com quase 93% dos votos.
Conte prometeu continuar apoiando Mario Draghi, que dirige desde fevereiro o governo de união nacional e tenta reerguer a Itália, cuja economia foi devastada pela crise da Covid-19. Segundo o jornal "Il Fatto Quotidiano", o M5S "trabalhará para prestar uma cooperação fiel ao governo de um país que ainda não saiu da emergência sanitária".
Conte foi primeiro-ministro de dois governos de coalizão com o M5S, mas nunca foi eleito. Ele chegou ao poder após a vitória retumbante nas eleições de 2018 do partido, uma formação antissistema criada por um comediante após a crise financeira de 2008.
Atualmente, o movimento tem menos apoio: embora faça parte da coalizão de Mario Draghi e ainda seja o maior partido no Parlamento, as pesquisas de opinião não o deixam em boa posição.
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