Uma bomba atômica lançada pelos americanos em 9 de agosto de 1945, às 11h02, matou 74.000 pessoas, apenas três dias depois de outro ataque nuclear que deixou 140.000 mortos em Hiroshima.
Os sobreviventes e vários representantes estrangeiros fizeram um minuto de silêncio às 11h02 (23h02 de domingo em Brasília), hora exata em que a bomba atômica explodiu.
Devido à pandemia do coronavírus, e pelo segundo ano consecutivo, o número de pessoas autorizadas a assistir à cerimônia foi restrito.
Esta é a primeira comemoração desde a entrada em vigor, em janeiro passado, do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares (TPAN).
"Os líderes internacionais devem se comprometer a reduzir as armas nucleares e construir confiança por meio do diálogo, e a sociedade civil deve impulsioná-los nessa direção", declarou o prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue.
Este tratado não foi assinado pelos nove países que possuem armas atômicas: Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte.
O TPAN também não foi assinado por Tóquio, um aliado inabalável de Washington e muito dependente do poder militar americano para garantir sua defesa regional.
"Como o único país que sofreu um bombardeio atômico durante a guerra, nossa missão é fazer a comunidade internacional avançar, passo a passo, para um mundo sem armas nucleares", declarou o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, durante a cerimônia.
O Japão relembrou o 76º aniversário do bombardeio atômico de Hiroshima na sexta-feira.
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