"Instrumentalizar meninos e meninas no conflito causou dor à sociedade colombiana", disse o presidente da Jurisdição Especial de Paz (JEP), Eduardo Cifuentes, em entrevista coletiva em Bogotá.
Segundo o tribunal, pelo menos 5.691 dos casos correspondem a menores de 14 anos de idade, o que viola as regras do Direito Internacional Humanitário (DIH).
"As Farc-EP recrutaram e utilizaram, sistematicamente, para o desenvolvimento do conflito armado, meninos e meninas desta faixa etária, contrariando suas próprias disposições", afirmou a JEP em comunicado.
Um grupo de 26 ex-combatentes da guerrilha marxista dissolvida foi chamado para dar sua "versão voluntária" dos fatos.
Os juízes devem então decidir se apresentam denúncias por "crimes internacionais", incluindo desaparecimento forçado, homicídio e violência sexual, associados ao recrutamento de menores.
Surgido do acordo de paz assinado em 2016, a JEP oferece penas alternativas à prisão àqueles que assumem sua responsabilidade e reparam as vítimas.
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