As 52 ordens de prisão assinadas pelo presidente da Câmara dos Representantes do Texas, Dade Phelan, foram entregues ao chefe de segurança da câmara hoje de manhã, informou o jornal local Dallas Morning News.
A maioria republicana votou hoje à tarde para autorizar as prisões. A moção para obrigar os legisladores democratas a retornarem foi aprovada por 80 votos a favor e 12 contra.
Dezenas de democratas fugiram em julho do Texas para Washington para evitarem uma sessão especial destinada a aprovar uma polêmica lei eleitoral.
A lei do Texas permite deter os legisladores que se ausentem durante as votações e obrigá-los a voltar para a câmara.
A sessão extraordinária foi convocada porque os mesmos deputados democratas abandonaram a câmara em maio durante uma votação sobre a lei eleitoral, que o presidente americano Joe Biden denunciou como um "ataque à democracia".
Sua ausência impediu o número necessário de representantes eleitos (quorum) para poder votar. Ao menos 20 legisladores democratas continuam em Washington, segundo o Morning News.
"É nosso direito como legisladores romper o quorum para proteger nossos eleitores", disse o líder demócrata da Câmara dos Representantes, Chris Turner, em um tuíte de sua bancada.
"Vamos lutar ao máximo contra os ataques republicanos ao nosso direito ao voto", prometeu.
O projeto de lei republicano pretende oficialmente fazer com que as eleições sejam mais seguras, ao proibir o voto em automóvel ("drive-in") ou introduzir diversas restrições aos horários de voto e o voto por correio.
Essas restrições se dirigem principalmente às disposições que facilitam o voto das minorias, especialmente dos negros, que costumam apoiar mais os democratas.
Desde a derrota de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2020, os projetos de lei que restringem o acesso ao voto proliferaram nos estados por iniciativa dos republicanos.
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