Os projetos iniciaram sua tramitação na Comissão de Constituição da Câmara dos Deputados e é esperado um longo debate até sua possível aprovação.
O deputado socialista Marcos Ilabaca, presidente da Comissão, disse à imprensa que calcula em cerca de três semanas até que os debates sejam votados pela primeira vez na Câmara. Depois devem passar por outras comissões e serem encaminhados ao Senado.
Dos três projetos, apenas um deles estabelece um limite - como os três anteriores - para o saque (até 10% do valor na conta). Os outros dois propõem a retirada integral dos valores acumulados pelos trabalhadores.
O saque da previdência privada, criada pela primeira vez no mundo durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), foi aprovado pela primeira vez em setembro de 2020 para gerar liquidez a milhares de famílias afetadas pela crise econômica derivada da pandemia.
Desde então, o Congresso aprovou por duas vezes o saque de até 10% dos fundos privados acumulados nas Administradoras de Fundos de Pensão (AFP).
Esta quarta retirada chegou a tramitar, mas o governo de Sebastián Piñera estendeu o auxílio emergencial até novembro. O benefício a 15 dos 19 milhões de habitantes tem um gasto fiscal de cerca de 3 bilhões de dólares por mês.
O primeiro saque foi solicitado por 10,9 dos quase 11 milhões de contribuintes, que retiraram um total de 19.992 milhões de dólares.
O segundo foi requerido por 8,5 milhões de pessoas, com um desembolso equivalente a 16.004 milhões de dólares.
O terceiro beneficiou até o momento 6,7 milhões de cidadãos, no valor de 12.760 milhões.
SANTIAGO