O anúncio intervém em meio ao debate sobre os limites entre o sigilo das redes sociais e os imperativos de segurança pública, relacionados - entre outros - à pedofilia.
Os usuários de mensagens instantâneas poderão escolher a criptografia "ponta a ponta" para criptografar as conversas entre dois dispositivos.
"Isso significa que ninguém, nem mesmo o Facebook, pode ver ou ouvir o que está sendo enviado ou dito" nessas conversas, disse o grupo californiano em um comunicado.
Esse já é o caso no WhatsApp, comprado pelo Facebook, assim como em outros aplicativos populares como Zoom, Signal ou o FaceTime da Apple.
Mas muitos governos rejeitam essa camada extra de segurança em nome da luta contra a pedofilia ou o terrorismo. Querem que as plataformas integrem "backdoors" nos seus programas para que a justiça possa recuperar mensagens e fotografias em casos de investigações criminais.
A Apple acaba de fazer concessões nesse sentido, para surpresa do setor de tecnologia, já que a fabricante do iPhone tem fama de ser defensora do respeito à privacidade.
"A Apple substitui seu sistema de mensagens criptografadas de ponta a ponta por uma infraestrutura de vigilância e censura que será vulnerável a abusos e desvios, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo", disse Greg Nojeim, do Centro para Democracia e Tecnologia (CDT), em uma mensagem transmitida à AFP.
O Facebook regularmente tenta desafiar seu vizinho do Vale do Silício quanto à privacidade, já que a rede social precisa recuperar a confiança após vários escândalos de violação de dados.
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