Em coluna publicada na revista francesa "La Règle du jeu", fundada pelo escritor Bernard Henri-Lévy, filho do herói da resistência antissoviética, que mais tarde lutou contra o Talibã, ele afirma reivindicar como "sua a luta de seu pai (...) pela liberdade, enquanto a tirania se impõe no Afeganistão".
"Meus companheiros de armas e eu ofereceremos nosso sangue, juntamente com todos os afegãos livres que rejeitam a servidão, a quem convoco para se juntar a mim em nosso reduto de Panjshir, a última região livre em nosso país", disse ele em uma mensagem dirigida a pessoas "de todas as regiões e todas as tribos".
Ele considera que "apesar do desastre total (...) nem tudo está perdido".
"Somos afegãos e estamos na mesma situação que a Europa em 1940", escreve ele no texto, citando Winston Churchill e o general Charles de Gaulle, para defender a causa da resistência.
"Me dirijo a todos vocês, na França, na Europa, na América, no mundo árabe e em outros lugares, que tanto nos ajudaram em nossa luta pela liberdade, primeiro contra os soviéticos e contra o Talibã há vinte anos (...) vocês virão, queridos amigos da liberdade, nos ajudar mais uma vez como no passado? Confiamos em vocês, embora a traição de alguns tenha sido grande."
"Alinhem-se, amigos da liberdade, em maior número possível, ao nosso lado", acrescenta neste apelo aos afegãos dentro e fora do país, assim como aos ocidentais.
No dia anterior, Ahmad Masud, que lidera uma formação política denominada "Frente para a resistência", exortou Henri-Lévy a "intervir perante Paris" para obter o apoio da França.
PARIS