"Os afegãos conhecem os talibãs. Recordam o que aconteceu da última vez que chegaram ao poder e têm motivos para ter medo", declarou Hosseini à BBC, que destacou os "excessos" e "restrições draconianas" impostas pelos islamitas linha-dura.
Os afegãos "enfrentam a realidade desagradável de viver sob um regime que se revelou extremamente brutal quando estava no poder na década de 1990", disse o escritor, para quem os "talibãs não representam a vontade afegã".
Khaled Hosseini, que dirige uma fundação de ajuda ao Afeganistão, afirmou em seu site oficial que teme uma "crise humanitária".
Ele pediu aos Estados Unidos e à comunidade internacional que pressionem os talibãs para que não apliquem "violência punitiva contra os cidadãos afegãos" e para que respeitem os direitos humanos, "em particular os das mulheres e das meninas".
Autor de livros de sucesso que têm suas tramas centradas no Afeganistão, Hosseini pediu no Twitter ao governo dos Estados Unidos que aceite os refugiados afegãos como fez no final da guerra do Vietnã.
O escritor, que afirmou ter votado em Joe Biden, disse que o discurso de segunda-feira do presidente mostrou pouca empatia com a população afegã e criticou a intervenção americana.
"Para que serviu? Se a presença de mulheres no Parlamento e a escolarização de milhões de meninas melhorou nos últimos anos, tudo isso está em dúvida agora", declarou.
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