A pesquisa, que deve ser divulgada na quarta-feira (18), mostra que enquanto a aceitação da vacinação aumentou no país mais atingido pela pandemia na África, apenas metade dos adultos brancos seriam vacinados, contra 75% de seus compatriotas negros.
Um estudo anterior, realizado pela mesma equipe entre dezembro e janeiro, mostrou que a atitude em relação à vacinação mudou de acordo com a etnia. Os brancos, que representam cerca de 9% da população, foram os mais céticos. E essa tendência continua em crescimento.
"A aceitação da vacina diminuiu entre os adultos brancos, de 56% para 52%, enquanto aumentou de 69% para 75% entre os adultos negros", disse o estudo conduzido pelo Centro para Mudança Social da Universidade da Califórnia no Conselho de Pesquisa (HSRC).
No geral, em julho, 72% dos sul-africanos, contra 67% no início de janeiro, estariam dispostos a se vacinar.
A pesquisa foi realizada com 7.600 participantes representativos da população sul-africana, escolhidos por critérios de idade, etnia e nível educacional.
"A preocupação com os efeitos colaterais e a eficácia da vacina é particularmente alta entre os adultos brancos, o grupo que mais hesita em se vacinar", disse este estudo, sem fornecer mais explicações.
A África do Sul, com 2,6 milhões de casos de coronavírus e mais de 77.000 mortes, iniciou sua campanha de vacinação com atraso em maio. Até o momento, 10,46% da população sul-africana está vacinada.
O ministro da Saúde, Joe Phaahla, ficou alarmado recentemente com a relutância da população masculina à vacina: entre os vacinados, 60% eram mulheres e 40%, homens.
JOANESBURGO