Jornal Estado de Minas

AFEGANISTÃO

Restos humanos encontrados no trem de pouso de avião que partiu de Cabul

Militares americanos confirmaram nesta terça (17/8), ter encontrado restos humanos no trem de pouso do avião que foi seguido na segunda-feira no aeroporto de Cabul por centenas de afegãos em pânico com a volta do Taleban ao poder. A Força Aérea dos EUA disse que abriu uma investigação sobre o caso.



Os investigadores americanos analisarão todos os vídeos do cargueiro C-17 Globemaster, que circulam nas redes sociais, com pessoas tentando se agarrar a suas asas e rodas. Outro vídeo mostrou o mesmo avião voando sobre Cabul e o que pareciam ser duas pessoas caindo após a decolagem.

"Além de vídeos divulgados e reportagens da imprensa sobre pessoas caindo do avião durante a decolagem, restos humanos foram encontrados no trem de pouso do C-17 quando ele pousou na base aérea de Al-Udeid, no Catar", disse a porta-voz da Força Aérea dos EUA, Ann Stefanek. "A investigação será exaustiva para que possamos obter todos os fatos sobre este trágico incidente."

Os militares não divulgaram um balanço total das vítimas no momento da decolagem, nem confirmaram a informação de que uma pessoa foi esmagada sob as rodas da aeronave. As cenas de desespero de afegãos ocupando a pista do aeroporto internacional de Cabul e se agarrando a aviões repercutiram por todo o mundo.



Na segunda-feira, circulou uma foto de 640 afegãos embarcados às pressas em um voo americano com destino ao Catar - em um avião com capacidade para cerca de 100 pessoas. Imagens do interior do avião mostram centenas de homens, mulheres e crianças agachados e amontoados uns contra os outros no chão da aeronave. Os EUA não confirmaram a autenticidade da imagem.

Ontem, o Pentágono confirmou a chegada de mais mil soldados a Cabul para tentar garantir a retirada segura de civis. O general William Taylor disse que mais 4 mil homens estão a caminho. O objetivo dos americanos é retirar do país até 9 mil pessoas por dia até o último dia de agosto, segundo John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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